“Em briga de marido e mulher, se mete a colher, SIM!”

Por: Giovana Fontes (1º MKT)

No dia 8 de março deste ano, Dia Internacional das Mulheres, Magazine Luiza bateu de frente com o ditado popular de uma cultura enraizada de repressão às minorias, desigualdade e de patriarcado, que vem causando ao longo de séculos medo e insegurança em diversas mulheres que sofrem e que presenciam o feminicídio.

O Brasil registrou ao menos oito casos de feminicídio por dia entre março de 2016 e março de 2017, segundo dados dos Ministérios Públicos estaduais. No total, foram 2925 casos no país, aumento de 8,8% em relação à 2015. Só no estado de São Paulo, 974 investigações sobre feminicídio foram abertas no período. No 1º semestre deste ano, 93 mulheres foram mortas pelos companheiros no estado, um terço do total de mulheres assassinadas.

Em razão desses fatos, a plataforma de varejo muito popular no Brasil, Magazine Luiza, não ficou calada e lançou em suas 860 lojas físicas e no site magalu.com, uma colher com frase: "#eumetoacolhersim. Ligue 180 e denuncie".

A colher foi vendida por um valor simbólico de R$1,80, referência a Central de Atendimento à Mulher, o 180, que recebe ligações gratuitas, 24 horas, de qualquer telefone do país.

Toda dinheiro arrecado com a venda das colheres foi destinado ao Instituto Patrícia Galvão, organização social que trabalha pela garantia do direito das mulheres de viver sem violência, e à iniciativa da rede de apoio entre mulheres, Mete a Colher que tem como principal objetivo ajudar mulheres a saírem de relacionamentos abusivos e combater a violência doméstica.

"O envolvimento e a contribuição das empresas no enfrentamento da violência contra as mulheres são extremamente importantes. Essa campanha mostra que esse é um problema de todos: das empresas, como o Magazine Luiza, e da sociedade", diz Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão.