Swastika, Shell e Nazismo

Marketing ETEC
2 de abr. de 2018
2 min de leitura

Por: Mauro Borges Jr. (1º MKT)

Até o final da década de 30 do século passado um certo símbolo era extremamente comum nas ruas do Brasil (especialmente em São Paulo), a Swastika (ou Suástica), o polêmico símbolo utilizado pelo Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, amplamente conhecido como partido Nazista liderado por Adolf Hitler, responsável por uma das maiores carnificinas na história humana em uma guerra que foi de 1939 a 1945, deixando de 66 a 85 milhões de mortos, além de milhões de vítimas indiretas.

Mas, antes de tudo, o que é a Swastika?

A Swastika é um símbolo em forma de cruz encontrado em diversas civilizações por todo o mundo, dos Hindus aos Gregos, tendo os registros mais antigos datados de mais de 5 mil anos atrás, sendo uma representação de boa sorte e atualmente muito usada no Hinduísmo, principal religião da Índia, além de suas variações, como o Budismo, Confucionismo, Shinto-budismo dentre outras religiões muito conhecidas e com diversos seguidores no sudeste asiático.

Esse símbolo foi utilizado por uma companhia chamada Anglo-Mexican Petroleum Company, companhia essa responsável por transportar e distribuir derivados de petróleo no Brasil em nome da Royal Dutch Shell até o final da década de 20, marcado pela ascensão do Partido Nazista na Alemanha que coincidentemente utilizava a Swastika como símbolo, quando passou a se chamar Shell-Mex Brazil Limited.

Junto dessa mudança houve o abandono do polêmico símbolo que poderia ser utilizado para ataques a empresa utilizando-se o argumento de “suporte” a ideologia e ao Partido Nazista sendo este ligado a acontecimentos tão terríveis e traumáticos para a humanidade que não é citado no site oficial da empresa.

A partir dessa época um símbolo presente até hoje e inconfundível passou a ser utilizado pela empresa: a famosa concha vermelha e amarela.